quarta-feira, 6 de abril de 2011

TOTALITARISMO

ASCENSÃO DO TOTALITARISMO NA EUROPA:
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Europa teve de enfrentar uma de suas piores crises econômicas. O uso do território europeu como principal palco de batalha acarretou na redução dos setores produtivos e inseriu a população de todo continente em um delicado período de pobreza e miséria. Além dos problemas de ordem material, os efeitos da Grande Guerra também incidiram de forma direta nos movimentos políticos e ideologias daquela época. Em um primeiro momento, a ajuda financeira concedida pelos Estados Unidos seria uma das soluções para aquela imensa crise. No entanto, as esperanças de renovação sustentadas pelo desenvolvimento do capitalismo norte-americano foram completamente frustradas com a crise de 1929.

Dessa maneira, a sociedade européia se mostrava completamente desamparada com relação ao seu futuro. As doutrinas liberais e capitalistas haviam entrado em total descrédito mediante sucessivos episódios de fracasso e indefinição. Paralelamente, socialistas e comunistas – principalmente após a Revolução Russa de 1917 – tentavam mobilizar a classe trabalhadora em diversos países para que novos levantes populares viessem a tomar o poder.

A crise, somada às possibilidades de novas revoluções populares, fez com que muitos vislumbrassem uma nova onda de instabilidade. Foi nesse momento em que novos partidos afastados do ideário liberal e contrários aos ideais de esquerda começaram a ganhar força política. De forma geral, tais partidos tentavam solucionar a crise com a instalação de um governo forte, centralizado e apoiado por sentimento nacionalista exacerbado.

Apresentando essa perspectiva com ares de renovação, tais partidos conseguiram se aproximar dos trabalhadores, profissionais liberais e integrantes da burguesia. A partir de então, alguns governos começaram a presenciar a ascensão de regimes totalitários que, por meio de golpe ou o apoio de setores influentes, passaram a controlar o Estado. Observamos dessa forma o abandono às liberdades políticas e ideológicas sendo enfraquecidas pelo apelo e a coesão requeridas por governo de caráter autoritário.

Na Itália e Alemanha, países profundamente afetados pela crise, o nazismo e o fascismo ascenderam ao poder sob a liderança de Benito Mussolini e Adolf Hitler, respectivamente. Na Península Ibérica, golpes políticos engendrados por setores militares e apoiados pela burguesia deram início ao franquismo, na Espanha, e ao salazarismo, em Portugal.

Em outras regiões da Europa a experiência totalitária também chegou ao poder pregando o fim das liberdades civis e a constituição de governos autoritários. Na grande maioria dos casos, a derrocada do nazi-fascismo após a Segunda Guerra Mundial, serviu para que esses grupos extremistas fossem banidos do poder com o amplo apoio dos grupos simpáticos à reconstrução da democracia e dos direitos civis.




CARACTERÍSTICAS DIVERGENTES Totalitarismo de Esquerda
  • abolição da propriedade privada;
  • coletivização obrigatória dos meios de produção agrícola e industrial;
  • supressão da religião da esfera política
  • tem como base o socialismo.

Totalitarismo de Direita
  • forte apoio da burguesia industrial;
  • corporativismo nas relações de trabalho e tutela estatal sobre as organizações sindicais
  • fundamentação ideológica em valores tradicionais (étnicos, culturais, religiosos)
  • forte apoio da religião.
  • tem como base o capitalismo.

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